12 de março de 2011

Contando Primaveras

Lembranças de um outono qualquer.


Há 182 dias vi o céu desabar em cores, sorrisos desenhavam meus lábios de uma doçura nunca outrora sentida. E percebia que embora o mundo sempre fôra estampado de graça e mágica que me fugiam sorrateiramente pros lados das minas que em geral tem os horizontes mais belos que os meus olhos já viram, eu nunca pude me contentar com a ausência do meu sol. E exatamente este, me desabrocha. Contorna-me no seu raio entrando pela janela do quarto, me abraçando quente, singular, deixando cair pontos de reticências pelo chão. Acordo verão, passo horas pelo outono vazio e romântico e me alterno entre estações, sem ordem. Ora pelo frio de um Agosto sem gosto.  Mas,  hoje me declaro primavera. A prima de muitas eras de sol.


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P.s.: Hoje após 28 dias sem te ver, quero viver mais 82 anos ao seu lado e compensar cada minutinho longe. Eu amo você mais do que há 182 dias atrás.

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